A inteligência emocional e a transformação digital nas empresas


Definimos inteligência emocional como a capacidade de uma pessoa perceber, integrar, compreender e gerenciar seus próprios sentimentos e de outras pessoas. A crescente automação de processos e o uso de novas tecnologias, como Big Data e computação cognitiva, permitindo que as máquinas aprendam (Learning-Machine) faz com que a inteligência emocional seja mais valorizada que o QI (Coeficiente de Inteligência) dos empregados.

Uma pesquisa da Wakefield Research, entre dezembro de 2015 e janeiro de 2016, ouviu mais de 500 executivos de nove países em três continentes, mostrou que a expectativa dos entrevistados é que até 2020 mais de 20% dos postos de trabalho deverão ser readaptados, obrigando a reciclagem de praticamente metade da mão de obra (51%). Isso significa que as empresas terão que contratar empregados mais qualificados para tomar decisões mais complexas, com capacidade de colaboração (51%), pensamento crítico (51%), reunir e analisar dados (59%) e habilidades para solucionar problemas (61%). Além disso, 54% dos entrevistados admitem que aceitariam trabalhar para um chefe-robô.

Em um ambiente corporativo onde as máquinas farão a maior parte das operações repetitivas e indicarão as melhores soluções de negócios, os empregados terão que encontrar outras formas de conseguir satisfação no trabalho, como ajudar outros colegas e clientes a vencer desafios, como controlar suas emoções quando uma solução sugerida por uma máquina seja aceita pela maioria e contrária a sua, e a ansiedade de saber que precisa se reciclar constantemente para não perder seu nível de empregabilidade.

Nesse novo ambiente é fundamental que as pessoas aprendam e tenham consciência de como seu cérebro está programado para responder a certos sentimentos, tais como: satisfação, frustação e ansiedade. A inteligência emocional mostra que a medida que se conhece os instintos emocionais de resposta aos desafios é possível controla-los e analisar mais racionalmente suas atitudes.

Isso mostra que para a transformação digital de uma empresa é fundamental trabalhar a inteligência emocional dos empregados antes de implantar qualquer projeto tecnológico.

Para implantar um programa de inteligência emocional nas empresas é importante elabora um framework com cinco elementos:

  1. Autoconhecimento. É necessário entender seus pontos fortes, pontos fracos e como você trabalha esses pontos;
  2. Autocontrole. Sua habilidade de pensar antes de tomar uma ação de forma intempestiva;
  3. Motivação. Como você se motiva para alcançar o sucesso;
  4. Empatia. Como você entende e se coloca na posição de outras pessoas;
  5. Relacionamento. Qual sua habilidade para se comunicar com outras pessoas.

Note que essas habilidades se transformam com o avanço da tecnologia, mudança nos modelos de negócios e comportamento das novas gerações, exigindo constantes autoanalises de perfil.

Um grande desafio para os executivos é liderar a transformação digital nas empresas e gerenciar as emoções dos empregados, tomando decisões difíceis e superando barreiras, como a sabotagem de empregados que não querem mudanças. Esses desafios só serão superados com inteligência emocional.

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