Forte concorrência internacional no setor de energia solar. Boa oportunidade para o Brasil.

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A Suntech, líder mundial em energia solar com a produção de 2GW em painéis fotovoltaicos em 2012 pediu concordata. Para expandir as vendas a Suntech reduziu o valor de seus produtos próximo ao custo de produção e foi acompanhado pela concorrência. A energia solar fotovoltaica movimentou cerca de US$77 bilhões em 2012, segundo o Global PV Systems Installation Revenue Forecast. Em 2012, foram instalados 31 GW em painéis fotovoltaicos, demonstrando a grande oportunidade do setor. O Brasil com uma imensa área ensolarada na maior parte do ano tem uma enorme oportunidade de produzir em grande escala industrial os painéis solares com a produção de silício de grau solar, localmente.

O Brasil é o maior produtor mundial de quartzo, de onde se obtém o silício. A purificação do silício utiliza o método tipo Siemens desenvolvido em 1950 com alta taxa de purificação ou pela Rota Metalúrgica, com menor pureza, porém mais barato para uso em painéis solares.

Apesar de maior produtor mundial de quartzo, o Brasil importa, a custos elevados, as lâminas de silício purificado, tornando muito cara produção de painéis fotovoltaicos. O investimento público e os incentivos fiscais ainda são insuficientes para alavancar a produção em escala de painéis solares no Brasil.

Um fator positivo para a popularização da produção de energia solar fotovoltaica no Brasil é sua instalação nos estádios da Copa do Mundo. Esses projetos estão mostrando a viabilidade da produção de energia solar e criando uma espiral positiva para o crescimento do setor no Brasil.

Projetos de geração de energia solar para o programa Minha Casa Minha Vida podem impulsionar o setor com o subsídio do governo, com a grande vantagem de reduzir a conta de energia das famílias de baixa renda.

Os novos aeroportos regionais previstos nos planos de investimentos do governo podem prever a instalação de plantas de geração de energia solar próximas as pistas de pousos e decolagens, prática comum em vários aeroportos internacionais.

 

Por Eduardo Fagundes

Eduardo Fagundes é fundador da nMentors. Engenheiro, professor, pesquisador e empreendedor. Como executivo (C-Level) desenvolveu projetos de tecnologia na Alemanha, Argentina, Estados Unidos, Índia, Inglaterra e Itália. No Brasil, lidera projetos complexos de tecnologia e sustentabilidade para os setores de engenharia, manufatura, serviços e energia. Atua como coordenador acadêmico em projetos educacionais avançados de capacitação profissional.