Smart Grid: como serão remunerados os investimentos?

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A primeira parte do projeto estratégia de pesquisa e desenvolvimento que envolveu 33 distribuidoras e quatro geradoras foi concluída em fevereiro com a entrega de relatórios para a ANEEL. Uma das questões chaves do setor de energia é como serão remunerados os investimentos em Smart Grid. Segundo o presidente da Abradee (Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica), Nélson Fonseca Leite, o atual modelo de regulação não permite a recuperação dos investimentos. Um ponto que a regulamentação deve definir é o tratamento a ser dado à questão da depreciação dos ativos. Por exemplo, os atuais medidores eletromecânicos têm vida útil regulatória de 25 anos, entretanto os medidores eletrônicos, necessários para smart grid, tem vida útil de 13 anos.

Até 2012, segundo dados da Abradee, o setor elétrico brasileiro investiu R$8 milhões em pesquisa, fora os projeto pilotos realizados pelas distribuidoras.  Entre esse projetos estão o da Eletobras em Parintins (AM); o da Cemig em Sete Lagoas (MG); o da Ampla em Búzios (RJ); o da EDP em Aparecida (SP); e o da Copel na Fazenda Rio Grande, região metropolitana de Curitiba (PR).

A previsão é que a partir de 2016 a tecnologia de smart grid comece a ser implantada em grande escala no Brasil. Entretanto, para atingir esse objetivo é necessário iniciar um grande movimento de formação de técnicos, engenheiros e administrativo, além de desenvolvimento em sistemas de informação, desenvolvimento e produção de novos equipamento.

 

Por Eduardo Fagundes

Eduardo Fagundes é fundador da nMentors. Engenheiro, professor, pesquisador e empreendedor. Como executivo (C-Level) desenvolveu projetos de tecnologia na Alemanha, Argentina, Estados Unidos, Índia, Inglaterra e Itália. No Brasil, lidera projetos complexos de tecnologia e sustentabilidade para os setores de engenharia, manufatura, serviços e energia. Atua como coordenador acadêmico em projetos educacionais avançados de capacitação profissional.